quarta-feira, 17 de setembro de 2014

from the bus girl

i'm leaving. i really did my best to be with you, took care of you and i was as niscest as i could.
i loved you with my whole heart, i really did. it was real. it was honest.

i followed you because i thought that in some way it woud work, just for a while, but that was enough.

i'm sorry if i hurted you, but you hurted me too. and you are still hurting me and all i have to do is try to get over that whole experience and try to see in someway, somehow, the brightside. but i'm not able to do it yet, but i'll try, without letting it hurt me and without letting me hurt myself.

i'm still a victim, i don't want to, but i feel like it. but someday i'll stop being one. and at that day, you will be gone. for good. 


do livro "Vagabundos Iluminados", de Jack Kerouac.

sábado, 16 de junho de 2012

fantasma

já vai fazer dois anos. dois anos da volta. dois anos da volta da experiência mais incrível, dolorosa, surpreendente e gostosa que já tive na minha vida até agora. 
dois anos. e é incrível como as coisas passam, mas você, ainda sim, não consegue largar alguns pedaços delas.
há dois anos eu vivo em um certo saudosismo constante. não tem um dia que passa que eu não sinta saudade, que eu não reviva tudo aquilo que senti, os sentimentos bons e os sentimentos ruins. saudade da oportunidade de inventar uma nova vida, de uma nova Lara; saudades dos amigos, dos pubs, da chuva e do amor, o qual nunca entendi direito o motivo pelo qual não consigo esquecer.
é dificílimo admitir isso, mas hoje eu escrevo por causa dele, coisa que nunca fiz. nunca achei que merecesse uma virgula sofrida minha, mas não tem um dia que eu não pense, que eu não morra de raiva, que eu não morra de amor, que eu não morra de saudade.  
tenho raiva, muita raiva, por ele me fazer quase sentir arrependimento por ter feito a escolha de ir, sair daqui. tenho ódio por quase desmerecer a chance maravilhosa que tive de viver uma experiência maravilhosa e única. porque morar junto é uma coisa muito grande, passar uns meses brincando de casado é muito grande. é uma coisa que mexe com você de um jeito que eu me assusto.
eu era tão nova... eu sou tão nova. e agora parece que vou carregar esse estigma, esse amor, para o resto da vida. parece que nunca vai passar. a intensidade diminui, mas volta num instante em que vejo.
parece até um história, um caso de amor bonito, né? mas não foi. foi amor da minha parte, e caso da dele. as emoções são confusas, os sentimentos são confusos. já não é mais amor, é um certo saudosismo misturado com uma cicatriz que nunca fecha. e que só dói. que me faz ser, às vezes, uma pessoa que não quero ser, com atitudes que não são minhas, ou que poderiam ter sido um dia, mas consegui evita-las por um tempo, mas agora elas vêm à tona, sem que eu, às vezes, nem perceba. 
e hoje eu quero saber como é que eu esqueço. ou será que as conseqüências de uma escolha que fiz há dois anos atras vão me assombrar por mais tempo?
é essa a palavra: assombração. 

segunda-feira, 9 de maio de 2011

a espera

tá, já sofri por amor. e eu não quero mais. nem foi um amor grande, mas já sofri decepções e vi que quem diz na vida que quer sofrer por alguma coisa só pode ser doido. me contradigo.
mas continuo na espera... espera gigante e vazia essa. espera de ir à festas e quando chegar lá a unica coisa que você espera é ir embora. ai você bebe. ai eu bebo. e melhora. acho aquelas pessoas chatas, puxa-saco uma pouquinho mais interessantes e me pego até fazendo amizades em rodinhas de fumates. aquelas amizades (se é que se pode falar em amizade) de uma noite, de cerveja, companhia no whisky, no cigarro, aquela pessoa que te faz ver que você nem está tão perdida quanto pensa. que lhe tira um pouquinho da velha culpa de uma boa sexta-feira à noite.
voltando para a parte que bebo. bebo e melhora. depois bebo mais e no outro dia nem me lembro. ai me pego agora passando noites bêbadas me lembrando só da primeira meia-horinha.
até que vale a pena pois, ao passar do dia depois, lhe acontece um pouco de flash do seu figado tentando resgatar o que restava um pouco da sua dignidade, e como nunca fui me envergonhar das coisas que faço, acho graça. pronto. isso é o que vale a pena. ou valia... porque tem esse vazio que não vai embora. nem com a bebida, nem com as risadas, nem com as amizades ridículas de rodinha na área dos fumantes.
mas e aí, o que que a gente faz?
continua nessa vida incansável de solteira nova ainda meio que adolescente perdida até perder o incansável da coisa e tudo se tornar... banal?
quando a saidinha de sexta à noite, com a bebidinha de sexta à noite, com o garotinho de sexta à noite me cansar? será que depois disso eu tento colocar minha cabeça no lugar e consigo (finalmente) aprender um pouco mais com a vida e aproveitar a minha própria companhia?
fico pensando nas pessoas que já passaram por essa fase, já sentiram isso tudo. por que, acredite, provavelmente o que você está passando milhões de meninas chorosas já passaram também. e não se engane quando for dizer que o seu caso é diferente, porque NÃO É. sim, o meu namorado também me traiu. sim, o meu namorado também de deixou por uma mais gostosa. sim, eu tenho daddy issues (e isso se resume a maioria dos problemas que as mulheres podem ter). sim, eu já terminei namoro e já me arrependi. já voltei atrás, já recebi não, já vi fulando ficando com aquela piranha que você odeia, e depois naquela noite me vi dormindo nos braços dele, como uma boa masoquista, que toda mulher sabe ser. enfim, é tudo sempre igual, só a dor que é diferente em cada pessoa. eu, por exemplo, pensei que de amor a gente morria, mas aprendi que não, mas que tem gente que morre. acho até bonito, burro mas toda burrice tem sua beleza. gosto de pensar assim. e pensando assim a gente não se acaba de culpa.
então espero a espera passar. espero que essa fase chata de esperar demais de tudo e de todos, passe. espero que eu (finalmente) chegue pra matar minha própria espera. entende?
mas nessa minha espera lá vou eu, nas saidinhas de sexta à noite com as bebidinhas e os garotinhos, só para matar o tesão. vou nos meus encontros arranjados esperando, com esperança que lá esteja alguém que me mate essa espera. que eu não tenha que me acostumar comigo mesma, mesmo sabendo que isso é o certo, se acostumar consigo mesmo. esperando esperar que meu telefone toque e aquele frio suba na espinha. por que os que fizeram isso comigo já foram embora por vontade própria ou aqueles que, ate hoje, tento expulsar, contra a minha própria vontade, sabendo que naquele mar não dá peixe.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

after all this time...

comprei um livro há uma semana em inglês, com letrinhas miudinhas, com o intenção de passar meses me entrertendo só e somente com ele. e nessa madrugada insône resolvi começar a lê-lo. sou bom em inglês, mas admido que ando meio enferrujada, ainda mais com o linguajar britanico, então na primeira pequena linha, fiquei em dúvida em uma palavra, então fui buscar o meu dicionário pocket da Oxford. abri o armáriozinho de velhos livros academicos de uma curso de faculdade já não existente, de agendas antigas, de livros não tão interessantes (não-dignos ao espaço pequeno da minha estante, se que pode chamar de estante, de livros) e encontrei envelopes marrons e alguns papéis daquelas entregas de revelações de fotos. abri. já não lembrava o que havia lá dentro. encontrei fotos antigas com dedicatórias no verso, de uma amor antigo, de um amor forte, sofrido. encontrei cartas de amor, pequenos objetos que me faziam lembrar, um cd, alguns bilhetinhos, um convite do aniversário da sobrinha dele (direcionada à mim, e não "Fulano e Lara", foi à mim), encontrei um business card de um restaurante que fomos no dia dos namorados, enfim encontrei lembranças lindas de uma época linda.
hoje em dia, essa época passou. já não dói mais. o que dói, na verdade, é o medo de nunca achar um amor assim. com fotos, cartões, fámilia, bilhetes, cds. e o que dói mais (sim, tem mais dor) é de encontrar, amar, sofrer e perder. a parte de sofrer já não me assusta tanto porque eu sei que passa. se uma coisas que os poetas estão/estavam errados é que de amor não se morre.
eu quero essa paixão com direto a cartas de amor, a humilhações, a pedidos de "pelo amor de deus, não me deixe!", a coração partido, sofrido. com direito à milhares de idas e vindas, reconciliações e o dia depois da briga, onde tá tudo bem, tudo parace um pouco mais novo.

desde do Fulano que não sinto isso. minto. senti, tive idas e vindas, coração dilacerado, mas já passou, já vi que não era aquele que valia a pena sofrer mais que o necessario.
e agora? cadê a paixão? cansei de seguir ditado de mãe: goste de quem gosta mais de você. não deu certo. por um momento pensei que fosse feita pra isso, mas não. talvez daqui à alguns anos, quando o sofrimento e essa paixão calorosa e cansativa não me caiba mais. quando a dose disso tudo já esteja no ponto. talvez isso aconteça quando se tem filhos, que suprem todo o cansado e o coração partido. quando eles forem a nossa verdadeira paixão.

mas essa (ainda) não sou eu. e volto a pergunta, e agora? procuro? deixo levar? ou fico com esse vazio em meio de relacionamentos mal sucedidos por falta de paixão, de atrito, de tesão?

acho que em meio dessas alternativas, acho que uma eu posso escolher (por enquanto).
eu vou me deixa levar.

acho que pela a primeira vez, eu vou deixar me levar.

quero sofrer por amor.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

meu medo

it's not a silly little moment
it's not the storm before the calm
this is the deep and dyin breath of
this love we've been workin on
can't seem to hold you like I want to
so i can feel you in my arms
nobody's gonna come and save you
we pulled to many false alarms

we're goin down
and you can see it too
we're goin down
and you know that we're doomed
my dear
we're slow dancing in a burnin' room

i was the one you always dreamed of
you were the one i tried to draw
how dare you say it's nothin to me
baby, you're the only light i ever saw

i made the most of all the sadness
you'd be a bitch cuz you can
you try to hit me just hurt me
so you leave me feelin dirty cuz you can't understand

we're goin down
and you can see it too
We're goin down
and you know that we're doomed
my dear
we're slow dancing in a burnin room


john mayer


quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

like a child

cara, faz tempão que não escrevo aqui. talvez por falta de paciencia, talvez por falta de tempo, tão por falta de criatividade (que tanto me é presente hoje em dia). ou talvez porque eu tenha passado por tudo aquilo ano passado e quando eu realmente superei fiquei sem assunto para reclamar, não tinha mais como reclamar da vida. ou talvez porque os problemas que tenho hoje são bem mais complexos que os passados. são mais profundos e a maioria das pessoas não entederiam.
e hoje escrevo, por causa da falta de criatividade, sobre a minha falta de escrever. e até nisso eu estou me frustando hoje em dia. sabe aquele periodo em que você se sente frustada o tempo inteiro?
frustada com a sua familia e a falta de atenção deles, frustada com a tv a cabo que não presta, com o livro velho que você tanto gosta, mas devido a mudança de tempo, você não pode lê-lo sem espirar 70 vezes a cada virar de pagina, frustada com minha mãe que não tira as comidas estragadas da geladeira, frustada com o nariz maldito entupido, frustada com o parceiro que não lhe escuta e lhe trata feito criança, que não considera os seus gostos, as suas opiniões. frustada com a minha não-existencia. frustada de não fazer diferença.
se lembra quando você era pequeno e pensava "se eu morresse, alguem sentiria minha falta? como seria a reação das pessoas?" (se você não pensava nisso, eu sempre pensava) e hoje eu me sinto igual...
será que alguem ia sentir diferença? será que faz tanto pouco tempo assim que eu nasci? será que eu nasci mesmo?

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

novo (a)(o)(as)(os)

ano novo, ano, aparentemente, bom. ano de ensaios, de mudanças, de caimentos de fichas.
ano novo que me mostra que o velho não me doi. só me dá um satisfação de ter o vivido.
ano novo, nova fase, nova pespectiva, novos valores.
ano novo que viro gente grande (meu deus!).
mais um ano novo meu e do meu amor.
é... vai que esse ano vai ser bom, né?

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

com açucar, com afeto


hoje foi um dia de lembranças. primeiro foi o cara do sonho que não era ele, mas parecia, em todos os aspectos, e quando eu chegava perto dava aquela sensaçãozinha boa como se tudo fosse de verdade, aquela sensação que só o sonho dá, sensação de realidade.
depois foi aquele periodozinho que você passa na cama deitada, assim que você acorda, que é, na minha opinião, o meu momento mais vulnerável. momento que penso tudo, sem nenhuma restrição. pensei nele. mais tarde foi a internet, que sempre me faz o favor de lembrar-me que ele existe, depois foi a tv, os programas, as músicas, os episódios dos seriados mais bestas e idiotas, as falas mais marcantes, para nós, dos nossos personagens prediletos.
mais tarde, já de noite, foi o restaurante. na hora que pisei no lugar ouvi a música. musica, essa, que tanto me lembra dele, da época, de tudo. depois foram as outras músicas, que também marcaram e marcam, as velhas músicas mpb de barzinho. e depois de sentir o cheiro do seu cigarro favorito, vieram as lembranças, a sensação do primeiro beijo, aquelas borboletas na barriga e o friozinho na espinha que dá até hoje. lembranças que trouxeram, ao contrario do que eu imaginava, sorrisos, cada um mais sincero que os outros. sorrisos de lembrança boa, sorriso bom que me fizeram cair em si e deduzir que já não me dói mais. pelo menos não tanto quanto antes... ousei até fantasiar nossa vida juntos no futuro, fantasiar que, mais tarde, iremos nos encontrar, talvez no tempo da delicadeza, e ousar em criar um família, nossa família. e não me doeu, só me abriu um sorriso, tão bobo esse que as pessoas na mesa perguntaram o que era. nada respondi.
e hoje sei que isso não doí mais, que foi um época muito boa e, especialmente, necessária. necessitei daquilo, de outro amor (e como dizia frejat na música "segredos"), um amor "diferente de todos que amei", curto, porém diferente e necessário. esse amor que me fez esquecer de feridas e me renovar.
e hoje não morro por falta de agradeçimentos, pela falta de rancor e o predominio do perdão, de ambos, meu e dele.
há alguns post atras, disse que tinha me libertado desse amor que tanto me prendeu, não por ter sido tão forte e intenso, mas por ter sido um tipo de "salvação" para mim em uma época passada. "salvação" essa que tanto tive medo de não ter mais e me perder novamente. mas hoje vejo que não me libertei, pois, nesse tempo todo, lembrava de tudo com um certa culpa, um certo medo e com uma certa saudade, não saudade boa que tenho hoje, saudade ruim, de ficar com o coração apertado. talvez hoje não tenho mais essa saudade porque posso ter me esquecido de como era, hoje em dia, para mim, isso tudo pode ter sido tudo um grande sonho e desse sonho, tenho a certeza de dizer que acordei essa manhã. acordei relembrando de tudo mas com um sorriso, com uma leveza simplesmente adorável e percebi que estou feliz onde estou, posso fantasiar, mas nenhuma dessas fantasias me tiram os pes do meu chão.
estou feliz onde estou e agradeço pelo sonho tive e por esse dia que, finalmente, acordei para mim, porque vivi para mim e para os meus queridos hoje, não para nenhum sonho.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

um quase

queria que as coisas fossem mais fáceis, que algumas andassem mais devagar outras mais depressa, queria as vezes sumir um pouco e, como disse angela gutierrez, queria viver só dos meus "mundos emprestados". ler algum livro é como sumir um pouquinho daquela realidade enfadonha de dia de férias tedioso e proprincio para pensamentos desnecessarios. se pudesse vivia só neles, nos meus mundos.
se pudesse acompanharia jules verne em sua
"viagem ao centro da terra"; caminharia com graciliano ramos e com sua baleia no adorável "vidas secas"; cantaria e recitaria poemas e cordeis com patativa na obra postuma "cordéis e outros poemas"; viveria no "mundo de flora", junto com milhares de floras, e brancas, e niveas; se pudesse seria como terceira no dialogo de clarice lispector com fernando sabino em "cartas ao coração selvagem"; seria todas as bond girls de todos os livro da série de ian fleming; descobreria todo os misterios da minha duquesa da morte e rainha do crime, agatha christie; viajaria nos olhos de ressaca da sua, minha e nossa famosa capitu em "dom casmurro"; exerceria meu glorioso pessimiso com bras cubas em "memorias postumas de bras cubas"; se pudesse seria a décima esposa do meu amado sonetista e poeta vinicius de moraes em "vinicius de moraes - livro de letras" e , se pudesse, choraria com feliciana a morte do nosso querido gonçalves dias em "dias e dias"... enfim, poderia passar dias citando todos os meus mundo prediletos e como gostaria de conhece-los, mas não posso.
eu vivo e venho vivendo nesse mundo feio e barulhento que não me deixar escrever nenhuma linhas sem querer matar as crianças que fazem barulho lá embaixo, a minha mãe tagarela e o meu celular que toca nas mais inusitadas horas.
tem dias como esses que você perde a paciencia com isso tudo, que você olha para si mesmo e percebe que você é só um bomba gigante esperando mais uma faisca para explodir. quase explodo com os barulhos, com as crianças mal-educadas, com os fios da escrivaninha, que insistem se enrrolar no meu corpo não horas mais não benvindas, com a minha mãe que insiste em falar comigo na só nas minhas horas sagradas de ler e escrever e com as mensagens sem resposta. mas é só um quase, não explodo porque não posso, tenho muito nas mãos para jogar tudo ao alto.
tem horas que você idealiza um mundo só seu, que não é mais emprestado, um mundo que não faça calor nem frio, que o teclado não quebre, que as coisas não caiam, que os fios não se errosquem, que o pão cia sempre com a parte da manteiga para cima e que as mensagens sejam, sempre, deverasmente respondidas. mas, infelizmente, essa fantasia acaba na momento que você acorda morrendo de calor, no momento que você não consegue escrever uma linha no computador sem errar uma palavra e sem chingar todas as maldita crianças. e é nesse dias, extremamente insatisfatórios, que eu pego o meu ventilador e os meus (amados!) hearplugs e sumo no meu mundo emprestado, desligo o celular, largo o computador por um minuto, desconecto todos os fios e sumo no meu mundo em que as idealizações mortas não são minhas, são emprestadas. faço isso porque nem sempre a gente acorda aceitando muito bem as coisas.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

all my loving to you

escrevo hoje para ti.

hoje fuchicando o orkut, como tu sempre me reclamou, descobri um blog fantastico. um blog de uma mulher que perdeu o marido enquato esperava o filho deles dois e hoje escreve um blog com vários pensamentos dela, e-mails dele, fotos de ambos para mostar ao filho, francisco, posteriormente.
esse blog me bateu com força. só de pensar em ter uma vida contigo e ter um filho e de repente tu ir embora, me arraca o coração. essa ideia me consome de tal jeito que chego a ficar aflita, chorando por pela mulher e por mim, com o coração na mão.
por isso eu quero te dizer, que eu não consigo ir sem ti, não sou tão forte quando ela, eu não consigo, eu não consigo e pronto. eu te reneguei nesse blog tantas vezes tentando mostrar que não te amo incondicionalmente, agindo como eu sempre detestei que tu agiste, indiferente, agindo como se eu eu seguiria bem sem voce. me forcei tanto a imaginar tendo uma vida e uma familia com outra pessoa, me forcei tanto a me convencer que não preciso de ti. transformando apenas isso tudo em uma grande atitude imatura de me pôr sob você, de ser maior que você, de, com as minhas proprias mãos, lhe redimir e me recompensar por tudo que você fez comigo, atitude do, acreditem ou não, ele existe, ego feminino.
desculpa, meu amor. desculpa se disse que seria dificil perdoar, porque eu te perdoo como nunca perdoei alguem, sempre te perdoei desde do incio e me sinto culpada agora por te maltratar.
e hoje olhando, com um nó indesatável na garganta, para aquele blog percebo que te amo, que é contigo que eu me imagino tendo dois filhos, um cachorro, um gato, um papaguaio, um pato e uma casinha. e sei que eu ficaria, indescritivelmente, arrasada se não puder realizar, pelo menos, um pouquinho dessa nossa fantasia. mas ao mesmo tempo que me desculpo e me judio por precisar de um blog para derrubar essa minha minha ficha grossa de anotações, mesmo sabendo que te amava e que te perdoei há um longo, longo tempo mas nunca tive coragem de dar o braço a torcer.
mesmo desconfiando que tu nunca vai ler isso tudo, eu te faço um pedido indireto de perdão, perdão por te negligenciar, pela descompaixão, mas isso tudo faz parte da mágoa, do medo, da insegurança, que, infelizmente, tu, amor, me acrescentaste mais um pouco com essas tuas e nossas idas e vindas.
o importante que é que tu ainda reside aqui, em mim, na minha cabeça, nos meus planos e fantasias. apesar das ida e vindas, das milhares de tmp's, da mentiras e dos impulsos, nós, não só você mas eu tambem, estamos, agora, bem aqui, mesma pagina. sem negligenciamentos, indiferenças e com as nossas disposições, ambas do mesmo tamanho.

eu te amo, meu amor, porque esse nosso amor foge de dicionários e de vários regulamentos.
eu te amo porque não amo bastante ou demais a mim.