
hoje foi um dia de lembranças. primeiro foi o cara do sonho que não era ele, mas parecia, em todos os aspectos, e quando eu chegava perto dava aquela sensaçãozinha boa como se tudo fosse de verdade, aquela sensação que só o sonho dá, sensação de realidade.
depois foi aquele periodozinho que você passa na cama deitada, assim que você acorda, que é, na minha opinião, o meu momento mais vulnerável. momento que penso tudo, sem nenhuma restrição. pensei nele. mais tarde foi a internet, que sempre me faz o favor de lembrar-me que ele existe, depois foi a tv, os programas, as músicas, os episódios dos seriados mais bestas e idiotas, as falas mais marcantes, para nós, dos nossos personagens prediletos.
mais tarde, já de noite, foi o restaurante. na hora que pisei no lugar ouvi a música. musica, essa, que tanto me lembra dele, da época, de tudo. depois foram as outras músicas, que também marcaram e marcam, as velhas músicas mpb de barzinho. e depois de sentir o cheiro do seu cigarro favorito, vieram as lembranças, a sensação do primeiro beijo, aquelas borboletas na barriga e o friozinho na espinha que dá até hoje. lembranças que trouxeram, ao contrario do que eu imaginava, sorrisos, cada um mais sincero que os outros. sorrisos de lembrança boa, sorriso bom que me fizeram cair em si e deduzir que já não me dói mais. pelo menos não tanto quanto antes... ousei até fantasiar nossa vida juntos no futuro, fantasiar que, mais tarde, iremos nos encontrar, talvez no tempo da delicadeza, e ousar em criar um família, nossa família. e não me doeu, só me abriu um sorriso, tão bobo esse que as pessoas na mesa perguntaram o que era. nada respondi.
e hoje sei que isso não doí mais, que foi um época muito boa e, especialmente, necessária. necessitei daquilo, de outro amor (e como dizia frejat na música "segredos"), um amor "diferente de todos que amei", curto, porém diferente e necessário. esse amor que me fez esquecer de feridas e me renovar.
e hoje não morro por falta de agradeçimentos, pela falta de rancor e o predominio do perdão, de ambos, meu e dele.
há alguns post atras, disse que tinha me libertado desse amor que tanto me prendeu, não por ter sido tão forte e intenso, mas por ter sido um tipo de "salvação" para mim em uma época passada. "salvação" essa que tanto tive medo de não ter mais e me perder novamente. mas hoje vejo que não me libertei, pois, nesse tempo todo, lembrava de tudo com um certa culpa, um certo medo e com uma certa saudade, não saudade boa que tenho hoje, saudade ruim, de ficar com o coração apertado. talvez hoje não tenho mais essa saudade porque posso ter me esquecido de como era, hoje em dia, para mim, isso tudo pode ter sido tudo um grande sonho e desse sonho, tenho a certeza de dizer que acordei essa manhã. acordei relembrando de tudo mas com um sorriso, com uma leveza simplesmente adorável e percebi que estou feliz onde estou, posso fantasiar, mas nenhuma dessas fantasias me tiram os pes do meu chão.
estou feliz onde estou e agradeço pelo sonho tive e por esse dia que, finalmente, acordei para mim, porque vivi para mim e para os meus queridos hoje, não para nenhum sonho.
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