quarta-feira, 26 de novembro de 2008

minha arca

eu adoro filme, sou cinéfila. assisto todos, os bestas, o interessantes, os dramático, os romanticos, os assustudores, todos. e gosto da maioria, não tenho muita besteira, a minha unica restrição são filmes de zumbis e mesmo assim, com nada a fazer, posso ser capaz, talvez, de assistir. eu posso dizer que admiro a arte do cinema, por exemplo, agora, ao mesmo tempo, escrevo e "assisto" "alguem tem que ceder", com a diane keaton e jack nicholson que, por sinal, é maravilhoso, mas não é dele que gostaria de comentar.
um dia desses estava bulindo pela progamação da sky e vi que ia passar "a volta do todo poderoso", filme engraçadinho com o steve carrel e que, by the way, é um comediante bem conceituado nesses ultimos tempos, hilário e que fez vários outros filmes que adoro. enfim, fui assistir. é um história sobre um deputado recente eleito que terá que se mudar para washington, capital dos estados unidos, para execer a função. é aquela mesma historinha sobre o pai que trabalha demais e que não dá atenção aos filhos... só que de repente começa a acontecer estranhos fatos, seu relogio fica alarmando, mesmo desligado, as 6:14, sua barba crescer sem limites e animais começam a segui-lo (ps: como eu sou um otima contadora de historias, essa comedia, sendo contada por mim, está mais parecendo um filme de terror, mas não se incomodem, o filme é engraçadinho). com isso e com alguns outros fatos que não estou muito bem lembrada, leva o deputado a abrir a biblia no capitulo 6, vesiculo 4, e que é exatemente a pagina que conta quando noé descobre que ele deve construir um arca e blá blá blá, vocês conhecem a historia... pois bem, ele, que era relativamente cético, começou a acreditar e começou a construir um arca.
deus aparecia a ele como, não mais nem menos, e já esperado (pois ele sempre faz a papel de deus negro), morgan freeman. o mesmo, aparece para a mulher do deputado, a qual o deixou por pensar que ele estava louco, dizendo que: (ai vem a parte que, depois de muita enrrolação, queria falar) se você pede a deus para ter coragem ele não lhe dá coragem, ele lhe dar uma oportunidade de ser corajoso; se você pede a deus uma familia unida... blá blá blá, vocês entenderam.
enfim, isso grudou na minha cabeça nos ultimos dias (e só hoje tive criatividade o suficiente para escrever um texto descente sobre isso). eu não sou nenhuma cética, mas tambem nenhuma catolica apostolica romana, tenho meus proprios principios, não concordo, em grande maioria, com as "lições de moral" da biblia, não vou a igreja para assistir missa e nem costumo rezar. mas acredito... acredito em alguma coisa, em uma força maior, em um bem maior. sei lá, como dizem a maioria dos brasileiros: religião, futebol e politica não se discute.
chegando ao ponto, essa frase me fez refletir sobre várias coisas que tenho feito nesse ultimos anos, tudo bem, tudo bem, corajosa sempre soube que nunca fui, mas, eu acho que para todo mundo, sempre existe um limite para covardia. e eu, ultimamente, tenho sido muito covarde, mais que o costume e, consequentemente, atravesando esse limite. tenho evitado certas situações, tenho passado por cima de certos sentimentos e, confesarei, que tenho até mentido para certas pessoas. e não pude não me perguntar se era porque essa "forçar maior" estava me "mandando" muitas oportunidades de ser corajosa e eu, simplesmente, não estou sabendo (ou querendo) apriveita-las. pois, todo ano, ao passar de todo ano, enquanto pulo ondinhas no mar (ok, é brega, eu sei, ninguem mais faz isso, só mamães e titias, mas isso não acontece sempre, believe me! só uma vez ou outra) eu peço, eu peço para ser mais corajosa no ano que vem, peço para ser aquelas meninas porra-loucas que sempre vejo nos filmes, peço, até mesmo, para ser impulsa e muitas vezes egoista, peço para pensar mais em mim, para aproveitar-me mais sem restrições, em alguns casos, querendo agradar só a mim e a mim somente. peço tudo isso, todos os anos e hoje pensei: será que estou recebendo mas estou sendo, como sempre, muito covarde para ver? porque, pode acreditar, o tanto de "oportunidades" que eu recebi para se corajosa, para fazer atos impulsivos e emocionais, foram incontaveis nesse ano.
confeso aqui, no meu blog, na internet, que é acessada por um trilhão de pessoas (ou mais) durante o dia, as quais possuem livre acesso a esta pagina, que sou covarde, e que nesse ano fiz progresso, agradeço, mas que tive enormes oportunidades de ser corajosa e não fui, porque, simplesmente, eu, literalmente, escolhi não ser. amarelei. confeso. confeso que nesse ano não progredi em questão de coragem. mas eu peço, todo ano, e sempre pedirei, ao pular as minhas 7 ondinhas bregas, para que seja corajosa. porque no final do ano eu viro otimista e sempre peço e penso que virarei, ao longo do proximo ano, corajosa o suficiente para ver e querer as minha oportunidades.
mas, no final das contas, lá no fundo, peço para a "força maior" (eu pareço o mestre yoda falando isso) ser mais paciente, para que os anos passem e para que minha cabeça mude, peço às ondinhas para serem mais compreensivas e, peço, com todo otimismo que posso ter, que eu seja feliz, feliz corajosa ou feliz cega e covarde, porque, pode parece cliche (é cliche!!), no final é isso que importa mesmo.
o que importa é que eu vou construindo, ao longo dos anos, minha propria arca de pedidos e desejos, infalivel ou não a diluvios.


ps: aproveitem o meu otimismo, pois ele só vem de ano em ano.
ps²: parabenizem-me por ter saído da maldita seca! fiz um texto longo!

Nenhum comentário: