terça-feira, 16 de dezembro de 2008

com açucar, com afeto


hoje foi um dia de lembranças. primeiro foi o cara do sonho que não era ele, mas parecia, em todos os aspectos, e quando eu chegava perto dava aquela sensaçãozinha boa como se tudo fosse de verdade, aquela sensação que só o sonho dá, sensação de realidade.
depois foi aquele periodozinho que você passa na cama deitada, assim que você acorda, que é, na minha opinião, o meu momento mais vulnerável. momento que penso tudo, sem nenhuma restrição. pensei nele. mais tarde foi a internet, que sempre me faz o favor de lembrar-me que ele existe, depois foi a tv, os programas, as músicas, os episódios dos seriados mais bestas e idiotas, as falas mais marcantes, para nós, dos nossos personagens prediletos.
mais tarde, já de noite, foi o restaurante. na hora que pisei no lugar ouvi a música. musica, essa, que tanto me lembra dele, da época, de tudo. depois foram as outras músicas, que também marcaram e marcam, as velhas músicas mpb de barzinho. e depois de sentir o cheiro do seu cigarro favorito, vieram as lembranças, a sensação do primeiro beijo, aquelas borboletas na barriga e o friozinho na espinha que dá até hoje. lembranças que trouxeram, ao contrario do que eu imaginava, sorrisos, cada um mais sincero que os outros. sorrisos de lembrança boa, sorriso bom que me fizeram cair em si e deduzir que já não me dói mais. pelo menos não tanto quanto antes... ousei até fantasiar nossa vida juntos no futuro, fantasiar que, mais tarde, iremos nos encontrar, talvez no tempo da delicadeza, e ousar em criar um família, nossa família. e não me doeu, só me abriu um sorriso, tão bobo esse que as pessoas na mesa perguntaram o que era. nada respondi.
e hoje sei que isso não doí mais, que foi um época muito boa e, especialmente, necessária. necessitei daquilo, de outro amor (e como dizia frejat na música "segredos"), um amor "diferente de todos que amei", curto, porém diferente e necessário. esse amor que me fez esquecer de feridas e me renovar.
e hoje não morro por falta de agradeçimentos, pela falta de rancor e o predominio do perdão, de ambos, meu e dele.
há alguns post atras, disse que tinha me libertado desse amor que tanto me prendeu, não por ter sido tão forte e intenso, mas por ter sido um tipo de "salvação" para mim em uma época passada. "salvação" essa que tanto tive medo de não ter mais e me perder novamente. mas hoje vejo que não me libertei, pois, nesse tempo todo, lembrava de tudo com um certa culpa, um certo medo e com uma certa saudade, não saudade boa que tenho hoje, saudade ruim, de ficar com o coração apertado. talvez hoje não tenho mais essa saudade porque posso ter me esquecido de como era, hoje em dia, para mim, isso tudo pode ter sido tudo um grande sonho e desse sonho, tenho a certeza de dizer que acordei essa manhã. acordei relembrando de tudo mas com um sorriso, com uma leveza simplesmente adorável e percebi que estou feliz onde estou, posso fantasiar, mas nenhuma dessas fantasias me tiram os pes do meu chão.
estou feliz onde estou e agradeço pelo sonho tive e por esse dia que, finalmente, acordei para mim, porque vivi para mim e para os meus queridos hoje, não para nenhum sonho.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

um quase

queria que as coisas fossem mais fáceis, que algumas andassem mais devagar outras mais depressa, queria as vezes sumir um pouco e, como disse angela gutierrez, queria viver só dos meus "mundos emprestados". ler algum livro é como sumir um pouquinho daquela realidade enfadonha de dia de férias tedioso e proprincio para pensamentos desnecessarios. se pudesse vivia só neles, nos meus mundos.
se pudesse acompanharia jules verne em sua
"viagem ao centro da terra"; caminharia com graciliano ramos e com sua baleia no adorável "vidas secas"; cantaria e recitaria poemas e cordeis com patativa na obra postuma "cordéis e outros poemas"; viveria no "mundo de flora", junto com milhares de floras, e brancas, e niveas; se pudesse seria como terceira no dialogo de clarice lispector com fernando sabino em "cartas ao coração selvagem"; seria todas as bond girls de todos os livro da série de ian fleming; descobreria todo os misterios da minha duquesa da morte e rainha do crime, agatha christie; viajaria nos olhos de ressaca da sua, minha e nossa famosa capitu em "dom casmurro"; exerceria meu glorioso pessimiso com bras cubas em "memorias postumas de bras cubas"; se pudesse seria a décima esposa do meu amado sonetista e poeta vinicius de moraes em "vinicius de moraes - livro de letras" e , se pudesse, choraria com feliciana a morte do nosso querido gonçalves dias em "dias e dias"... enfim, poderia passar dias citando todos os meus mundo prediletos e como gostaria de conhece-los, mas não posso.
eu vivo e venho vivendo nesse mundo feio e barulhento que não me deixar escrever nenhuma linhas sem querer matar as crianças que fazem barulho lá embaixo, a minha mãe tagarela e o meu celular que toca nas mais inusitadas horas.
tem dias como esses que você perde a paciencia com isso tudo, que você olha para si mesmo e percebe que você é só um bomba gigante esperando mais uma faisca para explodir. quase explodo com os barulhos, com as crianças mal-educadas, com os fios da escrivaninha, que insistem se enrrolar no meu corpo não horas mais não benvindas, com a minha mãe que insiste em falar comigo na só nas minhas horas sagradas de ler e escrever e com as mensagens sem resposta. mas é só um quase, não explodo porque não posso, tenho muito nas mãos para jogar tudo ao alto.
tem horas que você idealiza um mundo só seu, que não é mais emprestado, um mundo que não faça calor nem frio, que o teclado não quebre, que as coisas não caiam, que os fios não se errosquem, que o pão cia sempre com a parte da manteiga para cima e que as mensagens sejam, sempre, deverasmente respondidas. mas, infelizmente, essa fantasia acaba na momento que você acorda morrendo de calor, no momento que você não consegue escrever uma linha no computador sem errar uma palavra e sem chingar todas as maldita crianças. e é nesse dias, extremamente insatisfatórios, que eu pego o meu ventilador e os meus (amados!) hearplugs e sumo no meu mundo emprestado, desligo o celular, largo o computador por um minuto, desconecto todos os fios e sumo no meu mundo em que as idealizações mortas não são minhas, são emprestadas. faço isso porque nem sempre a gente acorda aceitando muito bem as coisas.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

all my loving to you

escrevo hoje para ti.

hoje fuchicando o orkut, como tu sempre me reclamou, descobri um blog fantastico. um blog de uma mulher que perdeu o marido enquato esperava o filho deles dois e hoje escreve um blog com vários pensamentos dela, e-mails dele, fotos de ambos para mostar ao filho, francisco, posteriormente.
esse blog me bateu com força. só de pensar em ter uma vida contigo e ter um filho e de repente tu ir embora, me arraca o coração. essa ideia me consome de tal jeito que chego a ficar aflita, chorando por pela mulher e por mim, com o coração na mão.
por isso eu quero te dizer, que eu não consigo ir sem ti, não sou tão forte quando ela, eu não consigo, eu não consigo e pronto. eu te reneguei nesse blog tantas vezes tentando mostrar que não te amo incondicionalmente, agindo como eu sempre detestei que tu agiste, indiferente, agindo como se eu eu seguiria bem sem voce. me forcei tanto a imaginar tendo uma vida e uma familia com outra pessoa, me forcei tanto a me convencer que não preciso de ti. transformando apenas isso tudo em uma grande atitude imatura de me pôr sob você, de ser maior que você, de, com as minhas proprias mãos, lhe redimir e me recompensar por tudo que você fez comigo, atitude do, acreditem ou não, ele existe, ego feminino.
desculpa, meu amor. desculpa se disse que seria dificil perdoar, porque eu te perdoo como nunca perdoei alguem, sempre te perdoei desde do incio e me sinto culpada agora por te maltratar.
e hoje olhando, com um nó indesatável na garganta, para aquele blog percebo que te amo, que é contigo que eu me imagino tendo dois filhos, um cachorro, um gato, um papaguaio, um pato e uma casinha. e sei que eu ficaria, indescritivelmente, arrasada se não puder realizar, pelo menos, um pouquinho dessa nossa fantasia. mas ao mesmo tempo que me desculpo e me judio por precisar de um blog para derrubar essa minha minha ficha grossa de anotações, mesmo sabendo que te amava e que te perdoei há um longo, longo tempo mas nunca tive coragem de dar o braço a torcer.
mesmo desconfiando que tu nunca vai ler isso tudo, eu te faço um pedido indireto de perdão, perdão por te negligenciar, pela descompaixão, mas isso tudo faz parte da mágoa, do medo, da insegurança, que, infelizmente, tu, amor, me acrescentaste mais um pouco com essas tuas e nossas idas e vindas.
o importante que é que tu ainda reside aqui, em mim, na minha cabeça, nos meus planos e fantasias. apesar das ida e vindas, das milhares de tmp's, da mentiras e dos impulsos, nós, não só você mas eu tambem, estamos, agora, bem aqui, mesma pagina. sem negligenciamentos, indiferenças e com as nossas disposições, ambas do mesmo tamanho.

eu te amo, meu amor, porque esse nosso amor foge de dicionários e de vários regulamentos.
eu te amo porque não amo bastante ou demais a mim.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

every ending it's just a new beginning

gente, o novo ano está, praticalmente, no outro quarteirão e nesse post de hoje eu queria fazer um balanço desse meu ano estranho.
depois de um ano de pré-universitário, recheado de surpresas e pressões, de términos e começos, de progressos e retrocessos mas, enfim, esse ano acabou, e começo o proximo com uma nova agenda, com uma nova cabeça, com um novo coração, com novas pessoas e com uma nova fase, também, recheada de entusiasmo.
"o ano passou tão rápido, estavamos em julho e agora estamos em dezembro!" é a frase que ouço todo tempo de várias pessoas e todas fazem o favor de recitar isso sempre com uma pitada de alegria e surpresa. pois agora eu lhes dou a minha resposta, para mim, o ano demorou, não querendo soar mal-agradecida pois, continuo inteira e os meu queridos também, mas esse ano-recheado demorou. eu sei que, provavelmente, terei anos piores com situações mais trágicas, por que estou na fina flor da idade e ainda nem começei a parte dificil, mas esse ano foi cruel e, sem duvida nenhuma, o mais importante até agora. foi o ano que me rendi e ao mesmo tempo me vi corajosa como nunca. me rendi à terapias, aos blogs e às mudanças, fui corajosa o suficiente para mudar e conhecer pessoas novas, como conheci. conheci um novo mundo fora daquelezinho que vivia, com o mesmo colégio, as mesmas pessoas, as mesmas intrigas. e hoje vivo o novo, turma nova porém, não mais importante que a velha.
conheci novos sentimentos, descobri novas sensações, conheci um amor novo, nele quis ficar, mas o deixei. vi, pela a primeira vez, a cara da raiva, do ressentimento, da mágoa... e por um outro lado, conheci o perdão de verdade e, consequentemente, vi a dor, vi e senti.
amei novos, e regredi para os velhos, sempre querendo me sentir segura e hoje não concluo nada, não sei ao certo se foi o certo, mas, enfim tudo ainda gira em de um longo periodo de avaliação.

conheci o que é sacrificio e percebi o quanto machuca. soube como é gostar e de uma pessoa de um modo que foi melhor me machucar do que machuca-la. mas também adulei, me fingi de madura algumas vezes, outras de besta, para bem passar.
descobri um milhão fatos e conclui um zilhão de conclusões, e no outro minuto vi que todas eram, na verdade, clonclusões fracassadas, porque, afinal, nós nunca saberemos tudo, não e verdade?
recebi promessas, juras de amor, mágoas, telefonemas tristes e outros extremamente felizes, recebi sacrificios e alianças de eterno amor. e chorei! ai, meu deus, como eu chorei... de rir, de amor, de desamor.
parei com vicios físicos e psicológicos, abri mão de alegrias para ver quem eu amo bem e percebi como os nossos joelhos são importantes nessa minha idade.
mas hoje vejo como cresci e cresço todo santo dia, hoje concluo que sou uma boa pessoa e nada nem ninguem vai tirar isso de mim, vejo que tenho boas e más intenções, como todo mundo. hoje deixo a inveja de lado, acredito no bem maior e, principalmente, acredito nas pessoas. hoje desisto das mentiras e, nesse exato minuto, certeza tenho eu, que mais vale ser honesta e colher os frutos da verdade, do que ser outra pessoa para agradar mentes alheias.
mas hoje eu ainda fraqueijo pelo um pequeno-grande amor, ainda minto mentirinhas pequenas e ainda duvido do perdão, hoje tenho recaídas, mas eu sei que é tudo um questão de tempo e aperfeiçoamento.

hoje eu olho para esse ano-desastrado e lembro de tudo, de absolutamente tudo, com um pleno sorisso no rosto. hoje eu prezo por tudo que eu aprendi, por tudo que foi dito, por todas as pessoas que conhecia, principalmente aquelas que foram embora.
hoje prezo pelo perdão, principalmente, e pelo recomeço, porque ainda hoje eu acabo com a frase que tudo começou:
every ending it's just a new beginning.
amém!

domingo, 7 de dezembro de 2008

my pretty little-topless-girl

"didn't i make you feel like you were the only man, yeah!
an' didn't i give you nearly everything that a woman possibly can?
honey, you know i did!
and each time i tell myself that i, well i think i've had enough,
but i'm gonna show you, baby, that a woman can be tough.

i want you to come on, come on, come on, come on and take it, take it!
take another little piece of my heart now, baby!
ooh, oh, break it!
break another little bit of my heart now, darling, yeah, yeah, yeah.
oh, oh, have a!
have another little piece of my heart now, baby,
you know you got it if it makes you feel good,
oh, yes indeed."

faço das palavras dela as minhas e ponto.